sábado, março 22, 2008

ESCOLHE, POIS, A VIDA (Dt, 30, 19)


TEATRO

ESCOLHE, POIS, A VIDA


Cenário: A história se desenvolve no jardim de um orfanato. Faz parte do cenário: Cadeiras ou banco, flores e plantas.


I – CENA

(Música Instrumental)

VITÓRIA(Entra em cena acompanhada pelo anjo da Guarda. Ela é uma menina que adora cuidar das plantas, entra e molha as flores com o regador. Ao seu lado esta o Anjo da Guarda, visto só pela menina).

IRMÃ ISABEL: (Entra em seguida e fica observando o carinho da menina com as plantas. O Anjo sai em silêncio).

VITÓRIA: Oi irmã, por que esta me olhando? Fiz algo de errado?!

IRMÃ ISABEL: Não, meu amor, eu estou apenas observando com que carinho você cuida dessas plantas! Olhe a sua volta, quantas formas de vida graças ao seu zelo para com elas!

VITÓRIA: É a vida que encontramos nas plantas, flores, animais e nas pequenas formiguinhas que por aqui passam... “Devemos fazer o bem sem olhar a quem”. É o que aprendi com a senhora irmã.

IRMÃ ISABEL: Sim, querida Vitória, alias, você deve já saber que a própria Campanha da Fraternidade deste ano se preocupa com isso, já que seu lema é: “Escolhe, pois, a vida”. Aqui, em nossa casa, não medimos esforços para dar as nossas crianças o direito a vida e vida com dignidade.

VITÓRIA: É verdade, irmã, nós todos somos crianças rejeitadas por nossos pais. Eles não pensaram em nossa felicidade e simplesmente nos largaram. Os nossos verdadeiros amigos são os voluntários e a senhora, irmã. Vocês é que são os verdadeiros anjos que nos dão o direito e a esperança de viver.

IRMÃ ISABEL: Querida, apesar de ter uma história tão triste, você é uma criança saudável. Como você vê, aqui temos crianças que não falam, não ouvem e não enxergam. Elas são vítimas de tentativas de aborto e de outras maldades. O Rafinha é um exemplo: ele é verdadeiramente um lutador, um herói!

VITÓRIA: Irmã, nós só lutamos pela vida porque recebemos amor de você!

(Abraçam-se, música de fundo, em seguida saem de cena)


II – CENA


MÔNICA: (Entra com uma criança em uma caixa de papelão)

Aqui começa a sua nova história de vida, meu filho! Desculpa tua mãe, eu não tenho outra escolha, pois não tenho onde morar e não quero te criar na rua. Sei que isso é errado, mas sofrer, já basta eu!
Você, meu tesouro, merece uma oportunidade. Você aqui encontrará pessoas que te ajudarão com muito amor! (chora...)
Sabe, meu filho, quiseram que eu o abortasse, mais consegui esconder você! Essa culpa eu não levarei comigo! Levarei apenas a lembrança de uma criança linda que foi entregue ao próprio destino. Adeus, adeus! (sai chorando)


III – CENA



VITÓRIA: (Entra novamente com um regador e encontra o bebê.)
Uma criança. Que lindo! Irmã, irmã, Fabiana, “seu” Paulo, venham ver, uma nova vida!

FABIANA: Meu Deus, mais uma criança, o que vamos fazer?

PAULO: Acolher! Sou voluntário aqui a muitos anos e enquanto vidas forem jogadas fora como lixo, farei minha aparte. Irmã, a um ser humano, desde a sua concepção, lhe é devido o respeito que se deve a todas as pessoas.

FABIANA: Não me conformo com essa realidade! Muitas vidas são destruídas e nossos governantes, em sua maioria, só defendem seus próprios interesses, vendo a corrupção como algo comum.
Irmã, que mundo é esse? Olhe essa criança, que futuro lhe espera?

IRMÃ ISABEL: Fabiana, você tem plena razão, a vida humana é obra de Deus. Só Deus é o dono da vida, do começo ao fim. Ninguém pode reivindicar para si o direito de destruir o ser humano. Nós todos lutaremos em favor da vida e esperamos que as autoridades tomem medidas a favor dessas pequenas criaturas.
(a criança é colocada numa manjedoura os demais circulam à sua volta e o anjo da guarda aparece)

ANJO DA GUARDA:

· Bem-aventurados os que compreendem sua missão no mundo e servem ao próximo. Esses serão felizes.

· Bem-aventurados os que sofrem por amor. Esses aprenderão o valor de amar todas as coisas.

· Bem-aventurados os voluntários que socorrem os marginalizados e os abandonados, trazendo sem seus corações as marcas do amor.

· Bem-aventurados os que lutam em defesa da vida, que caem e se levantam, e sofrem e amam, que sonham e realizam, que estendem a mão e devolvem a criança e ao idoso a esperança de viver.

· Esses são a mão de Deus entre nós!



(Levanta a criança ao público e diz);
ESCOLHA, POIS, A VIDA!)